quinta-feira, 9 de junho de 2016

O melhor chocolate do Mundo e Luvas amarelas

O melhor chocolate do mundo sou eu quem faço!
Eu que fiz.
Nem se eu buscasse muito ia encontrar um lugar que fizesse.
Leite em pó desnatado, agua filtrada, cacau alcalino (100%), canela em pó, chocolate em pedaços, levar ao fogo até começar a ferver, mexer abem e tomar quentinho!
:)
Light, com uma nhaca de açúcar e gordura que vem dos pedacinhos do chocolate.
Eu tomei e os garotos também.
Téo está feliz, porque no caminho pra casa ganhou uma pipoca vermelha e ao se encantar com um para d luvas amarelas na Brigadeiro, na altura da Plana academia, acabou ganhando elas.
Ficou radiante! Deu pulinhos enquanto via a compra se concretizar!
Logan parece bem também, fez as tarefas de casa, tomou o chocolate sem açúcar e mesmo reclamando, tomou uma bela caneca!
Eu sigo ouvindo Lou Reed, falta um nada para o livro acabar.
Téo ganhou brinquedos baratinhos de mim e camisetas novas, e da vó lucia, blusa de frio e mais luvas, reuniu tudo no sofá e ficou sentado contemplando cada uma das coisas.
Esta muito frio e eu estou vestida com um agasalho novo cinza que comprei no centro da cidade.
Há muito tempo não comprava roupa para mim.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Uma fome que não cabe em mim.

Tenho uma fome que não cabe em mim.
Uma fome de vida.
Comi agora um bom prato de arroz integral, feijão carioquinha, 2 coxas de frango assadas
no molho de tomates, brócolis com azeite, uma espiga grande de milho.
Roubei um pedaço do ovo Alpino do Téo no armário.
Não satisfeita, depois de estender a roupas no varal, fiz um pote de canjica com muita canela.
Ainda tenho fome.
Uma fome voraz.
Ouço varios discos do Lu Reed há horas.

Longe de mim

Está muito frio por aqui e eu ouço Lou Reed. O frio da manhã,  o azul brilhante do céu limpo, depois de muitos dias de chuva me inspirou a voltar aqui.
Enquanto lavava a louça, recolhia roupas e cozinhava, me peguei pensando... Aprofundando em mim, como há muito não fazia.
Acho que tem haver com o tempo, muitos dias de chuva, de chuvas fortes noite e dia, tempo cinza... Hoje o sol ressurgiu, esplendido e o céu limpo sem nenhuma nuvem, como uma bom dia de Outono deve ser.
O Frio segue e minhas mãos estão geladas.
Estou lendo o livro "Só Garotos", da Patti Smith, acho que esse é um dos motivos que tem me trazido de volta para mim.
Os dias vão passando rápido em manhãs curtas e tardes arrastadas, e quando você se dar conta os afazeres do dia a dia te mandaram para bem longe de você mesmo.
Primeiro fez muito calor durante muito tempo, ainda no inicio do Outono fazia dias escaldantes de calor, depois a temperatura baixou e isso já melhorou as coisas. Não gosto de muito calor, queima minha paciência, me tira do foco. Ai vem a falta de grana, contando sempre as moedas, não sabendo se vamos conseguir pagar o plano de saúde, o cartão de crédito, não sabendo se o cartão de debito vai passar no supermercado... Isso toma muita energia.
Junto disso entra a preocupação de vender mais, de arrumar clientes para contratar nosso trabalho comercial, a cabeça gira e da vontade de fazer outras coisas e você só pensa em como arranjar dinheiro para pagar as compras do supermercado e o condomínio do apartamento.
A briga com a balança é outra ladra de tempo, dedicação e energia. Desde que o Téo nasceu que ganhei muito peso, estou com a cabeça voltada pra isso. As coisas caminharam bem nesse sentido, podiam estar melhores? Claro que podia. Mas consegui ficar 5 meses sem nenhum açúcar no sangue, descobri o pilates e mesmo sem grana, segui com academia. Emagreci 7 quilos, faltam mais ou menos uns 12 para eliminar, faz tempo que estacionei o peso, não sei enquanto tempo vou conseguir, tenho algumas metas, mas isso é bem difícil, e me consome, claro.
Ai tem os garotos, um que acaba de fazer 14 anos e outro prestes a fazer 3 anos. Eles dão trabalho e demandam, tempo, energia e dedicação.
Como estão em idades completamente diferentes, seus problemas são diferentes, tem dias que um da mais trabalho que o outro, tem dias que são os dois.

Falta de grana, briga com a balança, crianças...
Acho que ouvindo esse disco e escrevendo aqui, achei os principais motivos por estar tão fora de mim mesma.
O paradoxo disso é que crianças e briga com a balança estão diretamente ligadas a mim e dinheiro, bem dinheiro é pra tudo, não da pra pensar em nada se você não tem dinheiro pra fazer as coisas.

Tenho fotografado pouco, trabalho e vida privada.
Não tiro a câmera do case pra nada que não trabalho, tenho exercitado pouco a minha criatividade e olhar no que diz respeito a fotografia. Percebi isso recentemente, ao constatar que tenho quase nada de fotos atuais das crianças, só as fotos borradas e compactadas feitas com o celular.
Ontem fotografei algumas flores do meu jardim com o celular e postei no Facebook, gostei muito e acho que devo fazer isso mais vezes.

Preciso emagrecer logo e parar de me preocupar com isso, deixar atividade física e alimentação saudável uma coisa automática da vida, tenho que lidar melhor com os garotos, otimizar meu tempo, isso vai me deixar mais tranquila já. E nosso trabalho tem que fluir.
Me sinto como um trem levemente desgovernado tentando se encaixar nos trilhos.

Estou feliz que tenha sol, mas continua frio.
Feliz de estar lendo um livro tão legal.
Feliz de poder pagar o concerto do aquecedor que quebrou ontem.

As coisas estão caminhando, como disse lá em cima, já melhoraram bastante.
Eu já descobri o que me toma tempo, (além do fato de não ter uma diarista.)
Agora preciso voltar a mim, a escrever, a fotografar, a ser eu, a velha e nova Patrícia.
Preciso colocar minha reflex para trabalhar, ler mais livros como esse, ir ao cinema sozinha as vezes, (quanto tempo não faço isso)